Cidades: Firenze, Siena, Fiésole, Pistóia, Ravena, Arezzo, Chiusi, Padova
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A Itália é um país muito parecido com o Brasil em vários aspectos. A começar da culinária... os pratos italianos fazem parte de nossa gastronomia, então estamos bem adaptados aos pratos daqui. No entanto, a comida aqui tem mais qualidade do que no Brasil. Os preços equivalem (falo dos supermercados), mas a qualidade, sem dúvida, é superior. Nosso iogurte, por exemplo... a maioria é leite com sabor de frutas. O iogurte aqui é cremoso, com pedaços grandes de frutas e delicioso. Os queijos também são maravilhosos, e compramos pelo mesmo preço que se paga por um queijo de qualidade bastante inferior no Brasil. As frutas são mais caras e menores, mas são mais saborosas. Outra coisa que achei interessante é que você pode comprar pão por pedaços. Se você não quiser o pão inteiro, pode pedir para cortarem um pedaço. Ele é pesado e você paga pelo peso. Os vinhos são extremamente baratos e até hoje não experimentei um de má qualidade. Pode comprar sem medo nos supermercados, os preços equivalem, em média, a 5 reais a garrafa. Aliás, são pouquíssimos os supermercados como estamos acostumados. São vários mini-mercados espalhados pelas cidades, mas todos têm ótimos produtos e com quase os mesmos preços dos grandes. Atenção: aqui eles cobram pelas sacolas plásticas - ¢0,10 cada sacola. Se não quiser pagar, leve sua sacola de casa.
Os povo italiano também é bem parecido conosco, tanto no modo de viver, quanto na vida política. A corrupção corre solta, como no Brasil. No entanto, acho os brasileiros mais violentos. Aqui pode-se andar bem mais tranquilo pelas ruas (claro que ladrões existem em todos os lugares, mas aqui não existe a enorme insegurança pública que existe no Brasil). O serviço público de saúde parece funcionar bem (não vi ninguém reclamando), a polícia é bem tranquila, nada de violência, e os policiais são bem educados. A justiça aqui é rápida e bem eficiente, no que diz respeito a crimes cotidianos. Já para julgar políticos, parece-me que é exatamente como no Brasil... esquece! A burocracia aqui também é lenta, como no Brasil.
A educação básica aqui é muito boa, nota-se pela educação do povo. Não se vê baixaria por parte dos italianos, quando se vê baixaria na rua, é estrangeiro. Italiano fala alto quando discute, sim, mas não vi ninguém ofendendo o outro com palavrões ou tocando o outro durante uma discussão. Nas discussões que presenciei, que foram poucas, percebi que eles falam alto, mas defendem seu ponto de vista, ou sejam, discutem argumentando. Em cinco meses que estou aqui, nunca vi italianos se estapeando, nem na TV (o que, infelizmente, é normal no Brasil).
O telejornalismo deles é um pouco diferente e, eu diria, até mesmo um pouco atrasado em relação ao nosso. Parece que somos mais profissionais nisso. As apresentadoras usam cabelões caindo nos rosto e brincos enormes, que chamam mais atenção do que a notícia em si. Isso sem falar nas roupas, algumas decotadas, outras roxas... rsrsrs... Outra coisa: não usam teleprompter, os pobres jornalistas têm que ficar lendo a pauta no notebook ou no papel mesmo, o que faz com que olhem pouquíssimo para a câmera (além de o cabelo ficar caindo no rosto, com eu já disse). Até mesmo quando chamam a externa, parece que é de improviso... é muito comum simplesmente cortarem o repórter da externa quando ele está falando (e olha que ele fala, fala, fala... rsrsrs). A impressão é de que não há um tempo determinado para a entrada da matéria externa.
Bem... em geral os italianos são muito afetuosos e gostam demais dos brasileiros. Há muita identificação entre nós. Fizemos amigos aqui muito rapidamente, nos convidaram para suas casas, nos ofereceram jantares, enfim... super hospitaleiros... e não percebi a "malandragem brasileira". Como disse... a educação básica deles é muito boa... isso faz toda a diferença!
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